AÇÃO URGENTE: PREFEITO DE JAGUARIÚNA QUER CONSTRUIR TORTURÓDROMO DE ANIMAIS
O Prefeito de Jaguariúna Gustavo Reis (PPS) quer construir um Torturódromo de Animais: uma espécie de Coliseu ou arena com o dinheiro dos nossos impostos e do Ministério do Turismo, para que a população se divirta vendo os animais sofrerem em rodeios (vejam detalhes abaixo). O prefeito (imperador) de Jaguariúna Gustavo Reis nos remete aos tempos da Roma Antiga onde os gladiadores enfrentavam as feras. Hoje os gladiadores são chamados de peões, mas a essência do espetáculo é a mesma entreter a população para que ela ela esqueça a sua própria miséria e não se rebele contra o sistema, se alienando e divertindo às custas do sofrimento e da vida dos martirizados (no caso atual, os bois, cavalos, etc...)
O Imperador (ou Prefeito) de Jaguariúna, o Sr Gustavo Reis, está implantando em pleno século XXI a política do ?pão e circo? dos tempos da Roma Antiga. Mais uma vez a História se repete em forma de farsa. Mas desta vez, o prefeito Gustavo Reis também está prestando um serviço aos pecuaristas que fornecerão os animais que serão vítimas de tortura e até mesmo a morte. Muita grana está envolvida neste negócio grotesco dos rodeios: lucra-se muito às custas da exploração dos animais. O prefeito já tem um projeto de ?Coliseu Caipira? para enviar ao Ministério do Turismo do Governo Federal para que este financie a obra.
Enquanto há uma legião de miseráveis neste país, o Prefeito de Jaguariúna quer que o governo Federal invista nosso dinheiro para construção de uma anfi-teatro (Coliseu) para alienar a população e torturar aniamis em rodeios.
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Ação Urgente: Se você não concorda com a construção do Torturódromo de Animais (Coliseu) de Jaguariúna, ajude a protestar.
Para reforçar seus argumentos contra os rodeios vejam estes sites:
http://www.odeiorodeio.com/site/
Vamos enviar mensagens de protesto para:
1) Preencha um formulário no site da Prefeitura de Jaguariúna em http://www.jaguariuna.sp.gov.br/fale_conosco.php
2) Escrevam para o Ministério de Turismo do Governo Federal ( e peça para que não seja liberada verba para a construção de um torturódromo de animais (Coliseu) em Jaguariúna. Preencham um formulário em http://www.turismo.gov.br/turismo/geral/fale_conosco/

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O jornal Correio Popular de 23-11-2009 informa que o Prefeito de Jaguariúna Gustavo Reis (PPS) disse que já está quase pronto um projeto para a construção de uma arena, nos moldes da que foi construída na cidade de Barretos que vai servir não só para abrigar a festa do peão, mas também para a realização de outros eventos. O projeto da prefeitura será encaminhado ao Ministério de Turismo que deve financiar a obra. ?Já temos este projeto quase pronto e vamos encaminhar ao governo federal. Mas acredito que a obra não deve ficar pronta para a festa do próximo ano?, afirmou. Sobre as autorizações emitidas pelos órgãos da Prefeitura para a realização do evento, o prefeito afirmou que tudo será feito respeitando a segurança do público e que ainda aguarda o desfecho da investigação, que deve apontar a falha no local. ?Precisamos da finalização do inquérito policial apontando as causas do acidente?, disse Reis.
RODEIO DE JAGUARIÚNA: TRAGÉDIA SEGUE SEM PUNIÇÃO

O Jornal ?Correio Popular? de Campinas, de 23-11-2009 informa que após seis meses da tragédia que marcou a 21ª edição do Jaguariúna quando quatro jovens morreram pisoteados, não há conclusão alguma da Polícia Civil. (O Laudo do Instituto de Criminalística (IC) de Mogi Guaçu, previsto para ser entregue em setembro, até agora não ficou pronto. A morosidade do processo se deve, principalmente, à demora da Red Eventos em apresentar as imagens gravadas pelo circuito interno de segurança na madrugada do dia 23 de maio. De acordo com informações da direção do IC, os DVDs com as cenas do acidente, com 32 horas de gravação, foram entregues quase três meses depois do episódio. Além disso, todo o material de vídeo das emissoras de televisão ainda passam por perícia.
Durante o acidente (...) quatro jovens morreram pisoteados.
Mesmo que as imagens não contenham nenhum tipo de esclarecimento sobre o acidente, cada hora de gravação precisa ser minuciosamente periciada. De acordo com o IC, isto é regra e não existe previsão para a entrega dos trabalhos. Segundo informações do advogado da casa de eventos, Haroldo Cardella, o laudo preparado pelo perito criminal Ricardo Molina só será divulgado após a conclusão do IC. O laudo está praticamente pronto, mas será preciso analisar o parecer da polícia. ?É difícil falar de prazo nessas condições?, disse.
Sem a conclusão do IC, o advogado afirmou que o inquérito policial ficará parado, o que acaba prolongando todo o processo. (...)
A Política Do Pão E Circo
Na Roma antiga, a escravidão na zona rural fez com que vários camponeses perdessem o emprego e migrassem. O crescimento urbano acabou gerando problemas sociais e o imperador, com medo que a população se revoltasse com a falta de emprego e exigisse melhores condições de vida, acabou criando a política ?panem et circenses?, a política do pão e circo. Este método era muito simples: todos os dias havia lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu) e durante os eventos eram distribuídos alimentos (trigo, pão). O objetivo era alcançado, já que ao mesmo tempo em que a população se distraia e se alimentava também esquecia os problemas e não pensava em rebelar-se. Foram feitas tantas festas para manter a população sob controle, que o calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano.

Esta situação ocorrida na Roma antiga é muito parecida com o Brasil atual. Aqui o crescimento urbano gerou, gera e continuará gerando problemas sociais. A quantidade de comunidades (também conhecidas como favelas) cresce desenfreadamente e a condição de vida da maioria da população é difícil. O nosso governo, tentando manter a população calma e evitar que as massas se rebelem criou o ?Bolsa Família?, entre outras bolsas, que engambela os economicamente desfavorecidos e deixa todos que recebem o agrado muito felizes e agradecidos. O motivo de dar dinheiro ao povo é o mesmo dos imperadores ao darem pão aos romanos. Enquanto fazem maracutaias e pegam dinheiro público para si, distraem a população com mensalidades gratuitas.

Estes programas sociais até fariam sentido se também fossem realizados investimentos reais na saúde, educação e qualificação da mão-de-obra, como cursos profissionalizantes e universidades gratuitas de qualidade para os jovens. Aquela velha frase ?não se dá o peixe, se ensina a pescar? pode ser definida como princípio básico de desenvolvimento em qualquer sociedade. E ao invés dos circos romanos, dos gladiadores lutando no Coliseu, temos nossos estádios de futebol e seus times milionários. O brasileiro é apaixonado por este esporte assim como os romanos iam em peso com suas melhores roupas assistir as lutas nos seus estádios. O efeito político também é o mesmo nas duas épocas: os problemas são esquecidos e só pensamos nos resultados das partidas.

A saída desta dependência é a educação, e as escolas existem em nosso país, mas há muito que melhorar. Os alunos deveriam sair do Ensino Médio com uma profissão ou com condições e oportunidades de cursar o nível superior gratuitamente, e assim garantir seu futuro e de seus descendentes. Proporcionar educação de qualidade é um dever do estado, é nosso direito, mas estamos acomodados e acostumados a ver estudantes de escolas públicas sem oportunidades de avançar em seus estudos, e consideramos o nível superior como algo para poucos e privilegiados (apenas 5% da população chega lá). Precisamos mudar nossos conceitos e ver que nunca é tarde para exigirmos nossos direitos.

Somente com educação e cultura os brasileiros podem deixar de precisar de doações e assim, se desligar desse vínculo com o ?pão e circo?, pois estes são os meios para reduzir a pobreza. Precisamos de governos que não se aproveitem das carências de seu povo para obter crescimento pessoal, e sim que deseje crescer em conjunto.
Fonte: http://www.artigonal.com/politica-artigos/a-politica-do-pao-e-circo-584140.html