segunda-feira, 28 de novembro de 2011

DIA DO BASTA - DIA 09 DE DEZEMBRO DE 2011 O DIA INTERNACIONAL DE COMBATE A CORRUPÇÃO


‎!!! DIVULGUE !!! O Povo Acordou! O Povo Decidiu! Ou pára a #Roubalheira Ou paramos o Brasil!
‎!!! DIVULGUE !!! O Povo Acordou
VIA GRITOS DE ALERTA
BISPO ROBERTO TORRECILHAS

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Brasil vai ganhar um cadastro com dados sobre corrupção


Ele reunirá inquéritos, ações judiciais e sentenças de primeiro e segundo graus

594 vassouras - uma para cada parlamentar - simbolizam grito contra a corrupção no jardim da Esplanada dos Ministérios, nesta quarta 594 vassouras - uma para cada parlamentar - simbolizam grito contra a corrupção no jardim da Esplanada dos Ministérios, nesta quarta (Antônio Cruz / Agência Brasil)
O Brasil deverá ganhar um cadastro da corrupção, um documento minucioso que mapeará os desvios e onde mais atuam os fraudadores do Tesouro. Trará informações sobre investigações em curso, inquéritos policiais, denúncias formais da promotoria e da procuradoria, ações judiciais e sentenças de primeiro e segundo graus, quando houver. A proposta para criação do cadastro da corrupção foi apresentada na reunião da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), que se realiza em Bento Gonçalves (RS).
Wellington Cabral Saraiva é o autor da proposta. Ele é procurador regional da República em Recife. Atualmente, ocupa uma cadeira no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O próprio órgão já tem o seu cadastro dos desmandos com a coisa pública. Mas é um acervo restrito às ações de improbidade administrativa, instalado há três anos. Esse novo arquivo, que a Enccla aprovou ontem, mira a corrupção e também o peculato e outros crimes contra a administração. Abrange não apenas ações judiciais em curso, mas também fiscalizações da Controladoria Geral da União e do Tribunal de Contas.
Saraiva observa que a medida é compatível com uma exigência de organismos internacionais que contemplam as principais convenções do planeta contra a fraude, tratados dos quais o Brasil é signatário. Nessa condição, o país é avaliado pelo Gafi (grupo internacional de combate aos delitos financeiros), pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), ONU e OEA, que patrocinam as mais importantes convenções contra a corrupção. O Brasil tem sido alvo de críticas recorrentes pelo desleixo e a resistência à transparência de dados estatísticos sobre a corrupção.
(Com Agência Estado)

Vem aí a campanha “Eu quero saber onde Cabral foi passear com meu dinheiro!”


Cabral pede carona aérea para Paris (Montagem do Deco)
Cabral pede carona aérea para Paris (Montagem do Deco)


Diante de tanto mistério, da tropa de choque acionada para impedir de todas as maneiras que sejam revelados os segredos das viagens de Cabral, e acima de tudo do desrespeito à Constituição e à nova Lei da Transparência, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, há poucos dias, reafirmo que vou ao Supremo Tribunal, porque todos têm o direito às informações sobre as viagens de Cabral em jatinhos de empresários milionários, que são seus amigos e têm negócios com o Estado.

Mas diante da revolta de tantos leitores e pessoas que estão enchendo minha caixa postal dizendo que é preciso fazer uma campanha para termos acesso à caixa-preta das viagens de Cabral decidi lançar aqui no blog então, a campanha “Eu quero saber onde Cabral foi passear com meu dinheiro!”.

Amanhã cedo estaremos postando um link para você se cadastrar com nome e e-mail se quiser saber o passo a passo dessa luta nos próximos dias. Além disso, também terá uma enquete para vocês responderem sobre qual destino cada um acha que Cabral viajou mais vezes, além de perguntar - dando opções - no avião de quem ele mais viajou. Não deixem de participar da campanha “Eu quero saber onde Cabral foi passear com meu dinheiro!”.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AFINAL, QUEM TEM MEDO DA MENTIRA?


A verdade não é, nunca foi, um valor absoluto, um bem em si. Verdades podem ferir, magoar, prejudicar. Assim como mentiras, a depender de como são contadas e para que são usadas, podem se tornar até edificantes. Gabriel García Márquez imagina que Jonas saiu, à noite, para a farra, dormiu fora de casa e, quando recuperou a clarividência, contou à mulher a aventura que teria vivido dentro do ventre de uma baleia. A imaginosa invenção do bebum salvou a paz familiar e tornou-se pedra fundamental da ficção, gênero literário que, como qualquer obra humana, pode servir ao bem e ao mal, ser inútil e desagradável ou útil e prazeroso. Do ponto de vista filosófico, há controvérsias sobre a existência da verdade absoluta, assim como se discute a existência da mente superior que a criou. Quase sempre é relativa e pode ser contraditória.

Na quinta-feira da semana passada, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que cria a Comissão da Verdade, uma instituição imperfeita, como o são todas as criações do ser humano, para buscar a memória que a ditadura militar brasileira tentou sepultar em covas rasas de cemitérios clandestinos. Nada contra. A revelação de uma verdade pretérita não poderá fazer mal algum porque, se "malfeitos" foram executados no arbítrio, o Estado Democrático de Direito já os absolveu na figura jurídica clássica da prescrição. Saber-se-á que determinado oficial ou policial torturou e pelo hediondo crime ele será sempre execrado e apontado na rua como um réprobo por suas vítimas, agora no poder. Entre eles, a presidente mesma, que guerreou, foi presa e maltratada.

Para ser digna da pomposa denominação a comissão teria de ser bifronte como o deus romano Juno, que tem duas faces, uma voltada para um lado e outra, para o lado oposto. Nas escolas de Jornalismo ensina-se que o relato dos fatos será tanto mais imparcial quanto contiver os dois ou mais lados da questão. É a teoria Rashomon da narrativa: como no filme clássico do japonês Akira Kurosawa, cada fato permite uma gama múltipla de relatos, assim como o delito testemunhado por várias pessoas com pontos de vista diferentes do mesmo ocorrido. A comissão de Dilma, contudo, dificilmente abrigará as versões dos que venceram a guerra suja e acabaram alijadas do poder.

A questão da multilateralidade da verdade relativa, contudo, não é a única que se apresenta no debate sobre a comissão que o governo esquerdista criou para julgar os crimes da direita derrotada nas urnas. Fica em aberto também a limitação cronológica da apuração. Por que limitá-la ao prazo da ditadura?

Não será a verdade um valor positivo a ser perseguido também no Estado Democrático de Direito? A pergunta ganha força quando se sabe que no mesmo dia o País foi informado de que o chefão do Partido Democrático Trabalhista (PDT) - no qual Dilma militou -, Carlos Lupi, mentiu com loquacidade e desfaçatez. E, ao desmentir, mentiu mais numa vez, desmoralizando a natureza redentora da mentira, consagrada no mais popular e sagrado dos livros, a Bíblia.

E, só para Dilma não ficar com a responsabilidade inteira pelo desafio ao relato veraz dos fatos, convém lembrar que na dita quinta-feira 17 o Supremo Tribunal Federal (STF) adiou uma vez mais a decisão sobre um assunto de altíssima relevância para a transparência indispensável ao exercício da Justiça na vigência da democracia. O pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que o Supremo autorize a eliminação de todas as provas referentes à Operação Satiagraha, empreendida por seus membros e pela Polícia Federal (PF), deverá ser julgado amanhã a partir de decisão a ser tomada e prolatada pela ministra Cármen Lúcia. Mas também poderá ser adiado mais uma vez.

Tudo é, no mínimo, bem estranho. Da operação resultaram muitas notícias e nenhuma punição. O economista baiano Daniel Dantas, gestor de fundos do Opportunity, responsável pelo comando acionário da Telecom Brasil e denunciado pelo sócio hostil, a Telecom Italia, chegou a ser preso, assim como muitos de seus executivos. Homens públicos, como o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor no mercado de capitais Naji Nahas, foram tirados da cama e algemados, mas o assunto terminou, como muitos outros que foram alvo de investigações da PF "republicana" no governo Lula, mergulhando no buraco negro do ostracismo. Nenhum indício, entre os inúmeros levantados na investigação e divulgados com estardalhaço, passou pelas instâncias do Judiciário sem que em algum momento se verificassem abuso de autoridade, produção ilícita de provas, etc.

Neste caso, não se trava uma batalha filosófica entre relato e invenção, mas está em questão um dos fundamentos do Estado de Direito, o da transparência. Réus, agentes da lei, promotores e juízes são todos súditos do mesmo império, o da norma legal. E não há nenhuma explicação plausível para a destruição de provas que tanto podem incriminar os acusados quanto pôr em dúvida a lisura de quem os houver investigado. Como provas não incriminam quem não tenha cometido delito, é de estranhar que logo os acusadores estejam interessados na sua eliminação. Se não é ético manter ocultas as práticas da ditadura, será muito menos sensato agir com a investigação da Operação Satiagraha com o zelo duvidoso atribuído a Ruy Barbosa de providenciar a remoção da mancha da escravidão pela queima dos documentos que a registravam.

A Nação espera que Dilma não dê a Lupi o mesmo crédito dado pela mulher de Jonas ao marido inventivo. A presidente que criou a Comissão da Verdade não pode temer a mentira. Assim, também cabe ao STF provar que a força de possíveis implicados nas provas produzidas por PF, MPF e Justiça não será suficiente para imobilizar o Poder Judiciário, tornando-o cúmplice da destruição de provas, sejam estas contra investigados, acusadores ou investigadores.

José Nêumanne - O Estado de São Paulo

FRAUDE NO MINISTÉRIO DAS CIDADES - NOVO ESCÂNDALO DO GOVERNO DILMA


O Ministério das Cidades, com aval do ministro Mário Negromonte, aprovou uma fraude para respaldar tecnicamente um acordo político que mudou o projeto de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá (MT). Documento forjado pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, com autorização do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, adulterou o parecer técnico que vetava a mudança do projeto do governo de Mato Grosso de trocar a implantação de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Fraude na pasta teve o aval de Negromonte - Andre Lessa/AE - 25/08/11
Fraude na pasta teve o aval de Negromonte

Com aval do ministro, diretora de Mobilidade Urbana assina parecer forjado que recomenda projeto de Veículo Leve sobre Trilhos em Cuiabá e desbanca projeto original de linha rápida de ônibus

Com a fraude, o Ministério das Cidades passou a respaldar a obra e seu custo subiu para R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que o projeto original. A mudança para o novo projeto foi publicada no dia 9 de novembro na nova Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo.

Para tanto, a equipe do ministro operou para derrubar o estudo interno de 16 páginas que alertava para os problemas de custo, dos prazos e da falta de estudos comparativos sobre as duas mobilidades de transporte.

O novo projeto de Cuiabá foi acertado pelo governo de Mato Grosso com o Palácio do Planalto. A estratégia para cumpri-lo foi inserir no processo documento a favor da proposta de R$ 1,2 bilhão. Numa tentativa de esconder a manobra, o "parecer técnico" favorável ficou com o mesmo número de páginas do parecer contrário e a mesma numeração oficial (nota 123/2011), e foi inserido a partir da folha 139 do processo, a página em que começava a primeira análise.

O analista técnico Higor Guerra foi quem assinou o parecer contrário. Ele era o representante do ministério nas reuniões em Cuiabá para tratar das obras de mobilidade urbana da Copa - a última, em 29 de junho. O parecer dele, do dia 8 de agosto, mostrava que os estudos do governo de Mato Grosso "não contemplaram uma exaustiva e profunda análise comparativa". Os prazos estipulados, alertou, "são extremamente exíguos". Além do mais, o BRT já estava com o financiamento equacionado.

Em reunião com assessores na última segunda-feira, no sexto andar do Ministério das Cidades, a diretora de Mobilidade Urbana, Luiza Vianna, disse que a ordem para mudar o parecer partiu de Cássio Peixoto, braço direito de Negromonte, e Guilherme Ramalho, coordenador-geral de Infraestrutura da Copa de 2014 do Ministério do Planejamento. "Ambos me telefonaram", disse. O Estado teve acesso a uma gravação da reunião.

No dia 6 de outubro, atendendo a essas ordens superiores, Luiza Vianna pediu para Higor Guerra alterar seu parecer. O funcionário negou-se a assinar o outro documento e pediu desligamento há duas semanas por escrito ao secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima.

Fonte: O Estado de São Paulo

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Perfil do corrupto


Manifestações públicas em várias cidades exigem o fim do voto secreto no Congresso; o direito de o CNJ investigar e punir juízes; a vigência da Ficha Limpa nas eleições de 2012; e o combate à corrupção na política.
Por que há tanta corrupção no Brasil? Temos leis, sistema judiciário, polícias e mídia atenta. Prevalece, entretanto, a impunidade – a mãe dos corruptos. Você conhece um notório corrupto brasileiro? Foi processado e está na cadeia?
O corrupto não se admite como tal. Esperto, age movido pela ambição de dinheiro. Não é propriamente um ladrão. Antes, trata-se de um requintado chantagista, desses de conversa frouxa, sorriso amável, salamaleques gentis. Anzol sem isca peixe não belisca.
O corrupto não se expõe; extorque. Considera a comissão um direito; a porcentagem, pagamento por serviços; o desvio, forma de apropriar-se do que lhe pertence; o caixa dois, investimento eleitoral. Bobos aqueles que fazem tráfico de influência sem tirar proveito.
Há vários tipos de corruptos. O corrupto oficial se vale da função pública para extrair vantagens a si, à família e aos amigos. Troca a placa do carro, embarca a mulher com passagem custeada pelo erário, usa cartão de crédito debitável no orçamento do Estado, faz gastos e obriga o contribuinte a pagar. Considera natural o superfaturamento, a ausência de licitação, a concorrência com cartas marcadas.
Sua lógica é corrupta: “Se não aproveito, outro sai no lucro em meu lugar”. Seu único temor é ser apanhado em flagrante. Não se envergonha de se olhar no espelho, apenas teme ver o nome estampado nos jornais e a cara na TV.
O corrupto não tem escrúpulo em dar ou receber caixas de uísque no Natal, presentes caros de fornecedores ou patrocinar férias de juízes. Afrouxam-no com agrados e, assim, ele relaxa a burocracia que retém as verbas públicas.
Há o corrupto privado. Jamais menciona quantias, tão somente insinua. É o rei da metáfora. Nunca é direto. Fala em circunlóquios, seguro de que o interlocutor sabe ler nas entrelinhas.
O corrupto “franciscano” pratica o toma lá, dá cá. Seu lema: “quem não chora, não mama”. Não ostenta riquezas, não viaja ao exterior, faz-se de pobretão para melhor encobrir a maracutaia. É o primeiro a indignar-se quando o assunto é a corrupção.
O corrupto exibido gasta o que não ganha, constrói mansões, enche o pasto de bois, convencido de que puxa-saquismo é amizade e sorriso cúmplice, cegueira.
O corrupto cúmplice assiste ao vídeo da deputada embolsando propina escusa e ainda finge não acreditar no que vê. E a absolve para, mais tarde, ser também absolvido.
O corrupto previdente fica de olho na Copa do Mundo, em 2014, e nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Sabe que os jogos Pan-americanos no Rio, em 2007, orçados em R$ 800 milhões, consumiram R$ 4 bilhões.
O corrupto não sorri, agrada; não cumprimenta, estende a mão; não elogia, incensa; não possui valores, apenas saldo bancário. De tal modo se corrompe que nem mais percebe que é um corrupto. Julga-se um negocista bem-sucedido.
Melífluo, o corrupto é cheio de dedos, encosta-se nos honestos para se lhe aproveitar a sombra, trata os subalternos com uma dureza que o faz parecer o mais íntegro dos seres humanos.
Enquanto os corruptos brasileiros não vão para a cadeia, ao menos nós, eleitores, ano que vem podemos impedi-los de serem eleitos para funções públicas.
Frei Betto é escritor e assessor de movimentos sociais, autor do romance “Minas do Ouro” (Rocco), entre outros livros. twitter: @freibetto.

Lula se antecipa a efeito da quimioterapia e raspa barba e cabelo Ex-primeira-dama Marisa Letícia raspou barba e cortou cabelo do marido. Ex-presidente da República faz tratamento contra um câncer na laringe.

O Instituto Lula informou na tarde desta quarta (16) que a ex-primeira-dama Marisa Letícia raspou a barba e cortou o cabelo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faz tratamento contra um câncer na laringe.
Lula sem cabelo e barba 2 (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)A mulher de Lula, Marisa Letícia, faz a barba do marido (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Com a decisão de raspar barba e cabelo, Lula se antecipou aos efeitos da quimioterapia, que provoca a queda de pelos. O ex-presidente cultivava a barba, que se tornou uma marca pessoal, desde quando era sindicalista, nos anos 1970.

Dilma confessa que também ama Lupi e marca casamento


Dilma prometeu amá-lo, respeitá-lo e mantê-lo seja no Trabalho, na Saúde ou na Pesca. - por Piauí Herald
BRASÍLIA – Segundo boletim médico liberado pelo Planalto, logo após ouvir a declaração de amor do ministro do Trabalho Carlos Lupi, feita em rede nacional, a presidenta Dilma foi acometida de palpitações e calores generalizados. Semi-desfalecida, a presidenta convocou as ministras Ideli Salvatti e Gleisi Hoffman, além de sua mãe. Depois de uma demorada conversa, na qual houve choro, a primeira mandatária confessou ao grupo que também acalentava sentimentos complexos em relação a Lupi.
Horas depois, em entrevista ao vivo no Jornal da Globo, Dilma batucou um refrão do Raça Negra: “O amor faz a gente enlouquecer / faz a gente dizer coisas / Pra depois de arrepender/ Mas depois, vem aquele calafrio / E o medo da solidão faz perder o desafio”. Findo o último verso, a presidenta piscou para a câmera e sussurrou: “Lupito, essa é para você”. A seguir, fez um coração com as mãos.
Pela manhã, os dois enamorados se encontraram no Parque da Cidade, bucólico jardim no Rio de Janeiro conhecido por gerações de noivos que ali registram as fotografias de seus enlaces amorosos. Repórteres presentes à cena informaram que os dois chegaram num Monza azul, Dilma guiando e Lupi no banco do carona. Em comentário chistoso, o ministro confidenciou a um cinegrafista da RedeTV! que lhe parecia algo exagerada a quantidade de laquê do penteado presidencial.
Seguiram-se as belas formalidades. Vestido em trajes búlgaros, Lupi abriu uma caixa com a logomarca da Vale do Rio Doce e de lá sacou duas alianças de ouro. Com olhar republicano fixado na presidenta, pôs-se então a solfejar: “Esse metal precioso foi garimpado no coração do Brasil com o suor de trabalhadores qualificados por ONGs de inclusão social. Aceite esse sacrifício de nosso povo e sele de uma vez por todas a nossa eterna aliança”. Os assessores próximos à cena não contiveram a emoção ao registrar a resposta de Dilma: “Aceito, mas você terá de pedir minha mão para mamãe”.
Os dedos carmesins do crepúsculo mal avançavam sobre o céu fluminense quando decidiu-se marcar as bodas. Michel Temer ligou para exigir que todos os padrinhos sejam vinculados ao PMDB. O partido, que também ficou responsável pela organização da cerimônia, estabeleceu convênios com doze ONGs que irão coordenar todos os aspectos do núbil evento. “Compramos dezoito sacos de arroz para atirar sobre os noivos, e conseguimos fechar o contrato em prestações de R$ 3 milhões”, explicou o vice-presidente.
Aturdido com a notícia, Edison Lobão prometeu recorrer ao STF para anular o casamento.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

FIM DA LINHA PARA CARLOS LUPI



 - Já se sabia que ministro tinha mentido para os deputados, para Dilma e para gente do seu próprio partido. Agora há as fotos que provam a mentira. Com a palavra, a sua chefe!

Primeiro vejam esta foto e leiam a legenda. Segue depois o que informa Daniel Pereira na VEJA Online:
O então secretário de Políticas Públicas de emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Nascimento, desce de avião avião King Air, de prefixo PT-ONJ, no Maranhão, seguido pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (no destaque) (Reprodução)
O então secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Nascimento, desce de avião avião King Air, de prefixo PT-ONJ, no Maranhão, seguido pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (no destaque) (Reprodução)
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mentiu na semana passada ao dizer que não conhece o gaúcho Adair Meira, dono de três ONGs que têm contratos milionários com a pasta. Conforme revelo VEJA, Adair providenciou um avião King Air, de prefixo PT-ONJ, para que Lupi cumprisse uma agenda oficial em sete municípios do Maranhão, em dezembro de 2009.
No sábado, numa tentativa de reagir ao fato revelado por VEJA, Lupi não só ratificou a mentira como decidiu ampliá-la, num comunicado divulgado a toda a população. No texto, Lupi afirma que viajou pelo estado a bordo apenas de aviões Sêneca, providenciados por dirigentes do PDT.
Chegou a divulgar fotos dessas aeronaves em aeroportos do interior rodeadas de populares. As fotos não provam que Lupi desembarcou ou embarcou sempre em Sêneca. Nem poderiam. Fotos divulgadas hoje pelo portalwww.grajaudefato.com.br mostram o ministro desembarcando no município de Grajaú justamente no King Air providenciado por Adair Meira.
E não apenas Lupi, como também o ex-secretário de Políticas Públicas de emprego do Ministério Ezequiel Nascimento. Ezequiel foi quem contou a VEJA que coube a Meira, dono das ONGs que fraudaram o governo, a pagar o tour maranhense de Lupi. Abaixo, as fotos que derrubam a farsa do ministro.

Abaixo, reprodução da página do site Grajaú de Fato, com imagens de caciques do PDT descendo de avião King Air em viagem oficial do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Na primeira imagem, aparece o então secretário de Políticas Públicas de emprego do Ministério Ezequiel Nascimento. Na segunda, o ministro Lupi. Na terceira, o ex-governador do estado Jackson Lago, já falecido. Vejam. Volto depois.

lupi-no-aviao-dois-reproducao-do-blog
Voltei
Dilma tem de decidir se demite Lupi ou se mantém um ministro que mente para os deputados, mente para membros de seu próprio partido e mente para a presidente da República. Parece ser uma escolha fácil — a menos que Dilma use aquela ética de José Dirceu, que defende uma “combate imoralista da corrupção”. Segundo esse particular ponto de vista, as virtudes dos adversários são vícios e os vícios de petistas e aliados são virtudes.
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Esposa de Silas Câmara tem seu mandato cassado por corrupção

Esposa de Silas Câmara tem seu mandato cassado por corrupção
A deputada federal Antônia Lúcia Câmara (PSC-AC) teve seu mandato cassado na noite desta quinta-feira, 10, pelos juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Acre. A decisão foi tomada a pedido do Ministério Público Federal (MPF) depois que a Polícia Federal apreendeu R$472 mil em uma caixa de papelão.
Antônia Lúcia é missionária da Assembleia de Deus e a caixa encontrada foi enviada por seu esposo, o também deputado federal Silas Câmara (PSC-AM), para pagar as despesas com a campanha eleitoral dela, segundo informou o juiz federal Marcelo Basseto, relator da Ação de Investigação Judicial.
O pediu de inelegibilidade e de cassação do diploma da deputada evangélica foi feito no final de outubro pelo MPF, entre as atividades comprovas pelo inquérito da PF estão relacionados abuso de meio de comunicação social e arregimentação de estruturas de igrejas cristãs. Além disso, no inquérito há crimes como falsidade ideológica com finalidade eleitoral, formação de quadrilha e outros.
Boa parte das provas foram obtidas pela Polícia Federal por meio de interceptação telefônica, foi com esse método que a caixa com dinheiro para “caixa dois” foi encontrado. Até as mensagens de celular da então candidata foram rastreados, em uma delas ela forjava a contratação de 70 veículos para justificar os gastos.
A defesa de Antônia Lúcia irá recorrer da decisão. Caso ela não seja revertida, a cadeira da deputada evangélica será ocupada por Solange Pascoal do PMN.
Com informações Terra

terça-feira, 8 de novembro de 2011

TRAIDOR DOS EVANGÉLICOS - Espera por vaga em creche de São Paulo bate novo recorde na gestão Kassab

SÃO PAULO - A espera por uma vaga na rede municipal de creches bateu recorde em setembro. Hoje, 174.168 crianças estão na fila por uma matrícula em São Paulo. Há quatro anos, esse número era de 158.689, até então o maior da gestão Gilberto Kassab (PSD), que prometeu zerar o déficit até o fim de 2012.
O número é resultado de uma série de projetos que não foram para frente. Na lista está uma Parceira Público-Privada (PPP), barrada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).
Hoje, a maioria das creches é administrada por entidades filantrópicas. Nesse modelo, o Município repassa às entidades um valor mensal por criança atendida e, por isso, não precisa contratar funcionários. E em 70% desses casos o prédio utilizado para abrigar as crianças pertence à entidade responsável.
A Secretaria Municipal da Educação diz que adota a fórmula porque tem dificuldades para encontrar terrenos livres nos bairros com maior procura - caso do Grajaú, na zona sul, onde 7.891 crianças estão cadastradas na fila, a maior da cidade.
O problema se repete em todos os 96 distritos. Na Brasilândia, zona norte, dez reclamações são registradas por dia no Conselho Tutelar. "Já relatamos a situação no Ministério Público Estadual. O ritmo de oferta de novas matrículas é muito baixo", diz o conselheiro Fábio Ivo Aureliano. Na região, 4.869 crianças estão fora da rede.
No plano de ações da Prefeitura está a construção de 59 unidades próprias e a troca de um terreno de 20 mil metros quadrados no Itaim-Bibi, na zona sul, por creches. Mesmo se ambas as ações saírem do papel, a meta de zerar o déficit ainda ficará distante.

O CUMULO DO ASFALTO - UM POSTE NO MEIO DA RUA .

Rodovia MS-436 foi pavimentada em MS com um poste no meio da pista (Foto: Marcos Antônio/Alcinópolis.com)Rodovia MS-436 foi pavimentada em MS com um poste no meio da pista (Foto: Marcos Antônio/Alcinópolis.com)
Nesta terça-feira (8), o governo de Mato Grosso do Sul informou ao G1 que o poste de energia elétrica deixado no meio da rodovia MS-436, em um trecho a 15 quilômetros do município de Figueirão, será removido nesta semana. A Enersul , empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica no estado, confirmou a informação e enfatizou que as ações da empresa estão dentro do prazo regulatório estabelecido por lei.
A rodovia foi pavimentada recentemente. Segundo informações de um engenheiro da empresa contratada para fazer a pavimentação, a rodovia começou a ser asfaltada há dois anos. Ainda segundo o engenheiro, a empreiteira teria feito solicitações para a remoção do poste para o acostamento da estrada.
A gerência de comunicação da Enersul informou que no dia 8 de agosto recebeu uma solicitação da Agência Estadual de Empreendimentos do Estado (Agesul), que é responsável pela obra, para a remoção de oito postes na rodovia. Ainda segundo a empresa, uma nova solicitação foi feita no dia 20 de outubro, para a retirada de outro lote de postes.
De acordo com a gerência de comunicação, os prazos regulatórios determinam que a empresa tem 105 dias para concluir a remoção dos postes. Isso porque após a data da solicitação, a Enersul tem 30 dias para apresentar o orçamento da obra, depois 45 dias para iniciar a obra e mais 30 dias para concluir os trabalhos.
O governo do estado informou ainda que o tráfego na rodovia MS-436 está liberado em caráter emergencial, apenas para o deslocamento dos moradores da região e que há desvios no local.

Projeto de Lei em SP veta sacrifício religioso de animais

Projeto que veta o sacrifício animal em rituais, apresentado no mês passado em SP, acende uma difícil discussão sobre crueldade contra seres vivos e liberdade de crença e culto.

Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de São Paulo quer proibir o uso e o sacrifício de animais em cultos religiosos.

Mesmo longe de ser votado, o projeto mobilizou religiosos e protecionistas. O debate contrapõe tradição cultural e direito animal e mostra furos na atual legislação.

Para o deputado Feliciano Filho (PV), o autor, ele não propõe nada além do que a lei prevê. "Só fixei multa para quem praticar o sacrifício, que já é proibido."

Ele se refere à Constituição e à Lei de Crimes Ambientais. Uma garante que os animais não sofram crueldade. Na outra, maus-tratos é crime. "Matar sem anestesiar é maus-tratos", argumenta. Mas a Carta também garante liberdade de culto. O que viria primeiro?

"É um conflito. A legislação encampa valores da liberdade religiosa e do ambiente. Os dois lados podem ter razão", diz Daniel Lourenço, especialista em direito animal.

No Sul, uma lei de 2003 permite sacrifício de bichos em rituais de matriz africana. Em 2005, houve tentativa frustrada de derrubá-la. Em São Paulo, a discussão mal começou e não envolve só as religiões africanas.

TRADIÇÃO DO SACRIFÍCIO
O sacrifício animal está na origem das maiores religiões do mundo. Historicamente, a morte dos animais era feita para expiação dos pecados ou em celebrações, explica o sociólogo Reginaldo Prandi.

Como religião institucionalizada, o cristianismo nunca adotou o sacrifício, mas teologicamente admite o seu significado. "Quando recebem a hóstia, os católicos fazem um sacrifício simulado. Para os cristãos, a morte de Jesus foi o último sacrifício." No judaísmo, não é comum o sacrifício de animais, mas existe o abate kosher, que usa em larga escala técnicas próprias para matar o animal.

No abate kosher, assim como no halal (abate muçulmano), o animal é morto por degola e não é anestesiado. A nova lei enquadraria toda morte de bicho feita sem insensibilização (anestesia).

Em 2010, o Brasil exportou 475,23 mil toneladas de carne para países que exigem abate halal ou kosher (39% do total exportado). "O abate kosher não é um ritual. O ideal judaico é o vegetarianismo. Consumir carne é uma concessão a alguém de alma fraca", diz o rabino Ruben Sternschein, da Congregação Israelita Paulista. Segundo ele, o abate kosher "deve ser feito com o mínimo de sofrimento para o animal".

Já o abate halal de bois, aves e carneiros é um sacrifício religioso, diz Mohamed Hussein El Zoghbi, diretor da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil.

"Mas prima pelo bem-estar como nenhum outro. A morte por degola não causa sofrimento. A ruptura das veias e da traqueia faz com que o animal morra rapidamente. Quem vê pensa que está sofrendo, mas já está morto, se debate por reflexo." De acordo com o presidente do CEN (Coletivo de Entidades Negras), Márcio Alexandre Gualberto, o bicho morto no candomblé também é consumido -nada a ver com a imagem de feitiçaria e galinha em encruzilhada.

"Tem quem faça isso, mas não é nossa tradição. Usam partes da tradição para fazer coisas que não são nossas." Segundo ele, o sacrifício é praticado por sacerdotes treinados para minimizar o sofrimento. "O animal não pode sofrer. Somos preocupados com o bem-estar dos animais oferecidos aos deuses."

São Paulo tem 719 terreiros, segundo levantamento de Prandi, para quem o projeto é preconceituoso: "As motivações da lei são o preconceito e a ignorância. Se o deputado estivesse preocupado com animais, deveria bater na porta de frigoríficos". Para Antonio Carlos Arruda, coordenador de políticas públicas da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de SP, o projeto é "inaceitável". "Liberdade religiosa é princípio da democracia."

Uma reunião do Fórum Inter-Religioso da secretaria discutiu a participação de entidades do Estado no movimento de reação ao projeto. O slogan da campanha, que antes era "Não toquem nos nossos terreiros", foi ampliado para "Cultura de paz e liberdade religiosa já!". Um ato público organizado pelo CEN está previsto para o dia 15, às 13h, em São Paulo, no vão do Masp.

LIMITE DA LIBERDADE
Do outro lado, os defensores dos animais consideram o projeto pertinente ao menos por levantar o debate. "Nossa sociedade ainda tem a ideia de que animais são coisas. Nessa visão, o direito do homem é superior ao deles", diz o advogado Lourenço. O promotor de Justiça do Estado Laerte Fernando Levai diz que há limites morais para o exercício da liberdade religiosa. "Há que se respeitar o direito ao culto, sim, desde que as práticas não impliquem violência."

O promotor João Marcos Adede y Castro, do Rio Grande do Sul, reforça o coro: "Se fosse assim, era só criar uma religião de sequestradores e haveria respaldo legal".

O mesmo pensa a veterinária Ingrid Eder, da ONG WSPA Brasil. "Que cultura é essa que causa maus-tratos aos animais? A cultura evolui de acordo com o conhecimento. Hoje, sabemos que os animais sentem dor."

Reginaldo Prandi acredita que a evolução deve vir de dentro da religião. "Há segmentos do candomblé que não matam animais. Pode ser que, no futuro, a religião evolua para um sacrifício mais simbólico, mas isso não pode ser imposto. Não se muda uma religião por decreto."

Fonte: Folha de São Paulo

domingo, 6 de novembro de 2011

OS PTRALHAS A FAVOR DE HADDAD , O MINISTRO DO KIT GAY NAS ESCOLAS - Suplicy retira pré-candidatura e anuncia apoio a Haddad em SP Senador do PT fez anúncio durante encontro na Zona Leste de SP. Na quinta-feira (3), Marta Suplicy também abriu mão da pré-candidatura.

Eduardo Suplicy em pronunciamento na tribuna do Senado (Foto: Agência Senado)Eduardo Suplicy em imagem de arquivo, durante
pronunciamento no Senado (Foto: Agência Senado)
O senador Eduardo Suplicy (PT) anunciou neste domingo (6) que retirou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo e declarou apoio ao nome do ministro da Educação, Fernando Haddad, na disputa. O anúncio foi feito durante um encontro com militantes do partido realizado em Guaianazes, na Zona Leste de São Paulo.
“Eu disse [durante discurso no encontro] que tinha cumprido com o meu dever e ia atender ao apelo de muitas pessoas que, nos últimos dias, disseram que eu era muito importante para o Senado. E expliquei que eu passei a apoiar a candidatura do Fernando Haddad”, afirmou em entrevista ao G1 por telefone.

Ele disse que tomou a decisão porque Haddad afirmou que irá incorporar em seu programa a renda básica de cidadania em São Paulo, defendida pelo senador. Na quinta-feira (3), a senadora Marta Suplicy também disse que abriu mão da pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo. "Tive muitas conversas com a presidente, reservadas. O pedido deles é um pedido irrecusável e eu gosto de estar no Senado. (...) Sabia que se entrasse para disputar as prévias, ganhando ou perdendo, todos perderiam", afirmou Marta na ocasião.
O ministro da Educação tem o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além dele, os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto ainda se mantêm na disputa. As prévias do PT estão marcadas para o dia 27 de novembro. Até a próxima segunda-feira (7), os pré-candidatos precisam coletar, no mínimo, 3.181 assinaturas de filiados para poderem garantir a disputa nas prévias.

TEXTO SABÃO NEUTRO
INF. GLOBO

sábado, 5 de novembro de 2011

Miguel, o fraudador


Um dos coordenadores do esquema Agnelo Queiroz no Esporte, Miguel Santos Souza é especialista em criar empresas fantasmas e ONGs fajutas para desviar dinheiro público. Ele atuou em cinco ministérios, na Câmara, no Exército e até no STF

Claudio Dantas Sequeira

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OPERADOR
No organograma da corrupção no Esporte, Miguel
Santos Souza é um dos cabeças do esquema
Ao montar o esquema que drenou milhões do Ministério do Esporte para os cofres do PCdoB, o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), recorreu a um especialista. Trata-se do comerciante maranhense Miguel Santos Souza, 56 anos, uma espécie de empresário do setor de fraudes, muito requisitado em Brasília. Homem assíduo de gabinetes de ministros e parlamentares e visto com regularidade em licitações públicas na Esplanada, Miguel opera há mais de dez anos uma verdadeira fábrica de empresas laranjas usadas em contratos e convênios com o governo. ISTOÉ descobriu que várias dessas empresas, mesmo incluídas na lista negra de fornecedores da União, conseguiram entrar em pelo menos cinco ministérios comandados pelo PT e base aliada. Também abocanharam contratos no STF, na Câmara e no Exército. Miguel operou até para o ex-governador do DF José Roberto Arruda, que foi obrigado a renunciar no ano passado depois de ser flagrado em vídeo recebendo propina. Miguel e Arruda são réus num processo que corre na Justiça de Goiás. Documentos em poder do Ministério Público, obtidos por ISTOÉ, revelam que o atual operador de Agnelo fraudou convênio com o Incra e repassou parte do dinheiro para o caixa 2 da campanha de Arruda a deputado federal em 2002.

O organograma do esquema de Agnelo, revelado por ISTOÉ na última edição, ensejou um pedido de convocação para o governador do DF depor na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados. Na organização, Miguel Santos Souza ocupa o cargo de coordenador do núcleo de fraudes, responsável por criar empresas e recrutar ONGs. As falcatruas são tantas que parlamentares, com base na reportagem de capa de ISTOÉ feita semana passada, passaram a articular, além do depoimento de Agnelo, a abertura de uma CPI para apurar os desvios do programa Segundo Tempo. Miguel está diretamente ligado ao PM João Dias, homem de confiança de Agnelo. Assim como o PM, que ergueu uma mansão e comprou carros esportivos com dinheiro des­viado, Miguel também investiu. Comprou uma chácara no Lago Norte, com cascata e viveiro de animais raros, um apartamento no Plano Piloto e um prédio de quitinetes, que utiliza como sede de suas empresas-fantasmas. O comerciante também é um dos donos da construtora Citel. Na semana passada, a reportagem procurou Miguel em todos os seus endereços. Só conseguiu localizá-lo em Alagoas, para onde foi depois que surgiram as denúncias envolvendo seu nome. Ele negou ter participado dos desvios no Segundo Tempo e se irritou quando questionado sobre o processo que responde na Justiça ao lado de Arruda. “É tudo uma grande mentira”, disse.
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À PF, no entanto, o comerciante e outros integrantes da quadrilha que fraudaram o Incra deram detalhes de como tudo funcionava – e ainda funciona. Miguel, segundo o inquérito, criou a Policom Comercial e Serviços. A empresa venceu licitação, previamente acertada, para construir casas populares num assentamento em Valparaíso de Goiás. Do contrato de R$ 1,3 milhão, segundo a PF, R$ 200 mil foram gastos com material de construção. O resto foi desviado e dividido entre os integrantes. O ex-superintendente do Incra Josias Júlio do Nascimento, falecido no ano passado, repassou parte da verba para José Roberto Arruda, então senador. “Do total do contrato, 5% seria utilizado como fundo de campanha do senador Arruda no próximo pleito”, disse o próprio Miguel à PF. Segundo outro depoente, Luiz Romildo de Mello, “Josias havia levado cerca de R$ 100 mil”. Romildo de Mello é o contador que aparece no organograma do esquema de Agnelo, a serviço de Miguel. Em seu depoimento, ele conta que Miguel passou um tempo “sumido” após o flagrante da PF e depois abriu outra empresa, a HP Distribuidora e Serviços, com a qual continuou a operar licitações.

A HP vem a ser uma das empresas que forneceram notas fiscais frias nas prestações de contas dos convênios do programa Segundo Tempo. Além dela, Miguel criou a Infinita e a JG Comércio de Alimentos, todas funcionando no mesmo apartamento da quadra 711 da Asa Norte, em Brasília. A JG também usava como laranja o motorista Geraldo Nascimento de Andrade, que gravou o vídeo mostrado por ISTOÉ na semana passada com as denúncias contra Agnelo. Levantamento da ISTOÉ revela que essas três empresas (HP, JG e Infinita) foram usadas pelo operador diversas vezes e não apenas no Esporte. Desde que foi criada em 2001, por Miguel, para despistar os órgãos de controle, a HP venceu várias licitações públicas tanto no plano federal como municipal. Na Infraero, abocanhou contrato de R$ 225 mil em 2003. A Madepa Madeiras, que ajudou a fraudar o Incra, fechou contratos com a Câmara dos Deputados, a AGU e o Dnit. O Ministério da Justiça, por exemplo, contratou a JG Comércio, em 2007, para fornecer 150 canis móveis para abrigar os cães farejadores usados pela PF na segurança dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Valor do contrato: R$ 135 mil.
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PATRIMÔNIO
Nos últimos dez anos, o operador de Agnelo enriqueceu. Comprou uma chácara no Lago
Norte, com cascata e viveiro de animais raros, um prédio de quitinetes e criou a construtora Citel
Ligações políticas à parte, a JG Comércio de Alimentos também foi contratada pela Polícia Rodoviária Federal, sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça, que repassou à empresa-fantasma mais de R$ 300 mil, entre 2006 e 2007. A JG tem contratos ou foi subcontratada em convênios com os ministérios da Saúde, Ciência e Tecnologia, Trabalho e Desenvolvimento Social. Também conseguiu entrar no STF e até no Exército – como fornecedor da missão de paz no Haiti. Para se ter uma ideia da ousadia de Miguel, as três empresas que ele criou aparecem juntas em convênio de 2006, entre o Ministério da Saúde e o município de Charqueada, em São Paulo, para o fornecimento de equipamentos hospitalares. Na CPI do programa Segundo Tempo, que a oposição pretende convocar no Congresso, muito mais poderá vir à tona sobre a atuação do operador Miguel Santos Souza. E de seus poderosos clientes.

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FONTE . ISTOÉ

Novo escândalo no Governo Dilma: assessores de Lupi são acusados de cobrar propina de ONGs para liberar repasses


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Para escapar das investigações, entidades precisam 'doar' entre 5% e 15% do valor do contrato ao PDT de Carlos Lupi

Da Veja

Reportagem de VEJA desta semana revela que caciques do PDT comandados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema funciona assim: primeiro o ministério contrata entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigem propina de 5% a 15% para resolver 'pendências' que eles mesmos criam.

O Instituto Êpa, sediado no Rio Grande do Norte, foi um dos alvos do achaque. Após receber em dezembro de 2010 a segunda parcela de um convênio para a qualificação de trabalhadores no Vale do Açu, a entidade entrou na mira dos dirigentes do PDT. O ministério determinou três fiscalizações e ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse.

Ao tentar resolver o problema, os diretores do instituto receberam o recado: poderiam regularizar rapidamente a situação da entidade pagando propina. Para tanto, deveriam entrar em contato com Weverton Rocha, então assessor especial de Lupi, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Ambos respondiam a Marcelo Panella, então chefe de gabinete, homem de confiança do ministro e tesoureiro do PDT.

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De acordo com os relatos obtidos por VEJA, Weverton era um dos responsáveis por fixar os valores da propina, e a Anderson cabia fazer o primeiro contato. Feito o acerto, o dinheiro era entregue a um emissário do grupo no Rio de Janeiro. "Você não tem defesa. Já prestou serviço e sofre a ameaça de não receber. Se o sujeito te põe contra a parede, o que você faz?", diz um dos dirigentes da ONG Oxigênio, outro alvo de achaque, que admite ter desembolsado 50 mil reais para resolver 'pendências'. "Quando você tenta resistir, sua vida vira um inferno."

O Palácio do Planalto monitora o caso. Deputados federais do próprio PDT contaram a Giles Azevedo, chefe de gabinete de Dilma, que Panella estaria cobrando propina de ONGs. Por ordem da Casa Civil, Panella foi demitido dias depois, em agosto. Panella nega. "Saí porque não me adaptei a Brasília", diz o ex-chefe de gabinete de Lupi por quatro anos. Weverton, que assumiu em outubro mandato de deputado federal, também nega. "Quando uma entidade te procura, é porque ela tem problema, mas nossa equipe sempre foi muito profissional", diz.

Escândalos em série
Em dez meses, escândalos em série já derrubaram cinco ministros de Dilma Rouseff: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Kassab compromete R$ 20,6 bilhões de sucessor com contratos


O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), vai "amarrar" seu sucessor com contratos de R$ 20,6 bilhões, mais da metade do Orçamento -estimado em R$ 38 bilhões para 2012.
A informação é da reportagem de Evandro Spinelli publicada na edição desta sexta-feira da Folha. A reportagem completa está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
De acordo com o texto, os contratos estarão assinados quando o próximo prefeito assumir, em 1º de janeiro de 2013. Nada terá sido entregue ainda. Se decidir revogar os contratos deixados pelo atual prefeito, seu sucessor terá de pagar multas ou enfrentará resistência na Justiça.
Dentre os projetos estão três túneis, uma ponte, duas concessões, quatro PPPs (parcerias público-privadas). A maioria dos contratos deve ser cumprida no mandato do sucessor, mas a concessão do mobiliário urbano, por exemplo, pode chegar a 30 anos de duração.
O mecanismo foi uma das principais críticas de José Serra (PSDB), de quem Kassab era vice, em relação à sua antecessora, Marta Suplicy (PT), que assinou, no último ano de seu mandato, um contrato de 20 anos e R$ 20 bilhões para a concessão da coleta de lixo e outros para dois hospitais e uma ponte.
Editoria de Arte/Folhapress
Leia mais na edição da Folha desta sexta-feira, que já está nas bancas.

E O PIOR É QUE MUITOS CRISTÃOS VOTARAM NELA - ELES QUEREM UM GOVERNO MUNDIAL


A presidente Dilma Rousseff ao lado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)Em reunião do G20, Dilma defende piso global de renda

Presidente apoiou proposta apresentada pela OIT aos líderes mundiais.
'Tem efeito inequívoco contra a crise', disse Dilma Rousseff.

A presidente Dilma Rousseff cumprimenta o
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao
lado do ministro Guido Mantega (Foto: Roberto
Stuckert Filho / Presidência)
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (3) a criação de um piso global de renda, proposta apresentada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como medida de proteção mundial.
“Tem efeito inequívoco contra a crise. O Brasil não irá se opor a uma taxa financeira mundial, se isso for um consenso entre os países a favor da ampliação dos investimentos sociais”, disse Dilma durante reunião de líderes do G20 em Cannes, na França.
Dilma Rousseff voltou a defender os investimentos sociais como medida anticrise. "A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média foi não somente uma imposição moral como também uma questão de enfrentamento econômico."
De acordo com a OIT, a proposta oficialmente chamada de Piso de Poteção Social "prevê que cada país deveria incluir na oferta de serviços básicos de saúde, independentemente de contribuição, o pagamento de um benefício básico para famílias com crianças, benefícios assistenciais para pobres e desempregados e a manutenção das políticas de garantia de renda para idosos, viúvos, órfãos e inválidos". No Brasil, o Bolsa Família é um benefício parecido com o proposto pela organização.
FMI
Em almoço que marcou o início da reunião do G20, a presidente também afirmou que o Brasil está disposto a contribuir com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para auxiliar na solução para a crise financeira que atinge a Europa.
Pela manhã, antes da abertura dos trabalhos do G20, Dilma participou de encontro com os demais líderes dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China. Ainda durante a manhã, Dilma teve reuniões bilaterais com o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, e com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong.
Lula
Durante o almoço, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu a Dilma que transmitisse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejos de uma pronta recuperação. Lula foi diagnosticado com câncer de laringe e esta semana deu início a um tratamento quimioterápico. "Nós o amamos'" afirmou Sarkozy, que está na presidência do G20.


TIT / VIA GRITOS DE ALERTA
INF. G1 /AG

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mulheres que não votarem podem ficar sem sexo no Zimbábue

A ministra de Integração Regional do Zimbábue, Priscilla Misihairabwi Mushonga, afirmou que os homens do país deveriam negar sexo a suas mulheres caso elas não se registrem para votar nas eleições de 2012. Em declarações publicadas pelo jornal oficial The Herald, a ministra disse que os homens deveriam aplicar "sanções de cama" a suas mulheres até que elas não mostrem um recibo de registro eleitoral.
A abstenção do voto feminino é algo comum no Zimbábue, onde o presidente Robert Mugabe pretende realizar eleições em março do ano que vem, embora seu parceiro no governo de coalizão, o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, deseje adiá-las. Priscilla, do Movimento por Mudança Democrática (MDC) - o mesmo do primeiro-ministro -, opina que, se no dia das eleições as mulheres não mostrarem seus dedos "manchados de tinta" (como prova de seu voto com impressão digital), seus maridos deveriam impor "uma greve total de sexo".
Um exemplo da baixa participação feminina em eleições é Bulawayo, segunda maior cidade do Zimbábue, onde 300 mil mulheres se registraram nas eleições de 2008 e apenas 93 mil compareceram às urnas. O presidente Mugabe, da União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF), governou o Zimbábue sozinho e de forma autoritária desde a independência do Reino Unido, em 1980, até a aliança com o MDC, em fevereiro 2009.